segunda-feira, abril 02, 2007

QUESTÕES – AULA de 02/04


1. O que foi a vita vera apostolica?

2. “O século XII foi marcado por intensa atividade intelectual e religiosa”. Explique a afirmativa e dê exemplos.

3. Qual a importância das Universidades para o pensamento cristão medieval?

4. Explique por que a mudança no modelo de santidade é uma evidência de uma nova religiosidade?

5. Discuta o papel dos laicos no processo de Reforma da Igreja.

6. A Igreja Ocidental não participou intensamente das querelas teológicas do início da Igreja Cristã, mas a partir do século XII floresceram em seu seio várias heresias. Escolha uma das heresias da época (Cátaros, Valdenses, Joaquimitas etc) e discuta suas propostas e o motivo de sua rejeição por parte da ortodoxia.

7. Por que o século XIII representa o auge do Poder Papal na Europa?

8. Discuta o papel da Inquisição quando de sua criação.

9. Qual a importância das Ordens Mendicantes dentro da política de acolhimento promovida por Inocêncio III?

10. Discuta por que os Franciscanos foram aceitos e os Valdenses recusados pela Ortodoxia.

11. “A Igreja Ocidental adquiri uma face mais feminina a partir do século XII”. Discuta tal afirmação.

segunda-feira, março 26, 2007

QUESTÕES – AULA de 26/03

1. O que é uma ordem religiosa? Explique.

2. Por que podemos afirmar que Cluny auxiliou na afirmação do poder da Igreja sobre o poder dos príncipes?

3. “Uma das bases da Reforma Gregoriana veio de Cluny”. Explique esta afirmação.

4. Explique a fundação da Ordem de Cister destacando porque ela representava uma reação ao modelo de Cluny.

5. Explique a importância do Dictatus Papae. Por que ele teve um impacto muito mais simbólico que prático nas relações entre Papado e Igreja?

6. A questão da proibição do casamento dos clérigos é colocada em muitos livros como uma medida de ordem econômica travestida de caráter religioso. Discuta esta questão tendo em vista a mentalidade cristã medieval.

7. “A Reforma da Igreja na Idade Média pode ser compreendida tanto como um processo contínuo, quanto um conjunto de investidas isoladas”. Explique esta afirmativa.

8. Por que o processo de Reforma pode ser percebido também como um processo de centralização de poder?

9. O que foi a Querela das Investiduras?

10. Discuta quais as motivações que conduziram às Cruzadas.

11. Por que a Trégua de Deus e da Paz de Deus são evidências do crescente poder da Igreja dentro da Europa?

12. Explique por que as Cruzadas dificultaram ainda mais a situação dos judeus dentro da Europa Cristã.

13. De acordo com Justo Gonzalez, as Cruzadas ajudaram a reforçar o poder Papal. Por quê?

14. “As Cruzadas aprofundaram a desconfiança entre cristãos ocidentais e orientais, tornaram a vida dos judeus na Europa miserável, e comprometeram a política de tolerância dos muçulmanos para com os cristãos no Oriente”. Discuta esta afirmação.

15. “O fracasso das Cruzadas representou um duro golpe no poder de Roma”. Por quê?

SACRO IMPÉRIO ROMANO GERMÂNICO


◈ O chamado Sacro Império Romano Germânico foi uma das mais duradouras criações da Idade Média, tendo durado do século X até o século XIX.

◈ O Império nasceu do Reino da Germânia, surgido da dissolução do Império Carolíngio com o Tratado de Verdun de 843. Por este tratado, os netos de Carlos Magno dividiriam o território em três, surgindo deste acordo o Reino da França (*Francia Ocidentalis*), a Lotaríngia (*que manteve a Itália e a coroa Imperial*) e o Reino da Germânia (*Francia Orientalis*).

◈ A dinastia de Carlos Magno resistiu por algum tempo nos três territórios, mas o poder dos reis se viu muito diminuído. No caso da Germânia, os carolíngios governaram até 911, quando faleceu o último descendente de Carlos Magno. A partir daí, os grandes duques – que passaram a serem chamados eleitores – decidiram escolher entre si quem deveria reinar. A Coroa então passou Conrado, duque da Francônia e, em seguida, para Henrique, o Passarinheiro, duque da Saxônia, que conseguiu garantir a manutenção da coroa por algumas gerações.

◈ Enquanto isso, a Lotaríngia se fragmentou e a maioria dos territórios foram incorporados à Germânia. A coroa imperial continuou existindo até 924, mas sem que representasse nada realmente importante, pois os nobres que a portavam tinham domínios muito restritos e nenhum poder real.

◈ Com a morte de Henrique, o passarinheiro, seu filho Otão assumiu o trono. Sua missão não era nada fácil, pois teve que conter tanto os grandes vassalos (*não esqueçam dos laços feudais*), quanto os novos invasores vindos do leste (*magiares, eslavos*). Bem sucedido, nas guerras, optou por se apoiar dentro do território nos grandes senhores da Igreja, a quem deu terras e títulos, em troca de fidelidade.

◈ O ano de 962, marca o nascimento do Sacro Império. Otão foi chamado à Itália para livrar o jovem bispo de Roma/papa João XII (*só tinha 17 anos*) dos seus inimigos. Na verdade, os senhores italianos pouco respeito tinham pela igreja e suas terras, e o bispo da cidade de Roma – o mais importante do Ocidente – era escolhido sem muito critério dentre as grandes famílias. Otão derrota os inimigos do bispo de Roma e é coroado como Imperador. O título ressuscitado era importante para a segurança da Igreja, que se acostumara à proteção dos imperadores. Em contrapartida, todo um discurso de glorificação de Oto, do cargo imperial, do novo Império Romano é criado.

◈ Otão I percebe seu cargo como o de Carlos Magno, isto é, quer que sua dignidade seja reconhecida dentro dos seus territórios e pelos reinos que o cercam, sendo visto o imperador como alguém que governa sobre os reis. É com esse intuito que enfrenta e vence os bizantinos na Itália em 972, conseguindo para seu filho, o futuro Otão II, um vantajoso e inédito casamento com uma princesa do Oriente. Os três Otões (I, II e III) dão grande valor ao seu cargo e se colocam como o poder universal máximo no Ocidente. Assim, eles são o pontífice máximo, eles escolhem os bispos de Roma, eles investem os bispos. Otão III chega a mudar-se para a Itália, mas isso não é bem visto nem pelos seus vassalos alemães, nem pelos italianos e sua morte prematura – seguida um ano depois (1003) pelo Papa Silvestre II seu maior aliado – põe fim tanto à dinastia dos Otônidas quanto às pretensões de ressuscitar o Império Romano em todo o seu esplendor.

◈ No entanto, a idéia de que a Igreja deve se subordinar ao Império permanece firme nos sucessores dos Otônidas e isso será responsável pelos grandes conflitos entre papas e imperadores nos séculos seguintes. Dois poderes universais não podiam subsistir juntos no mesmo espaço.

◈ Quanto à política, os imperadores oscilavam entre seus interesses no Norte e no Sul, alguns optando por dar mais atenção aos domínios alemães, outros às possessões italianas. Importante lembrar que o equilíbrio sempre foi difícil, e os conflitos constantes. Por exemplo, dentro da Itália o conflito entre papa e imperador produziram, em especial a partir do século XIII, conflitos sangrentos, com a formação de dois blocos políticos: o dos Guelfos que defendia que a Itália fosse separada do Império e governada pelo papa; e o dos Guibelinos que mesmo não desejando um imperador alemão, preferiam apoiá-lo a terem o papa como governante.

◈ LEMBRE-SE 1: O Império é “sacro” ou “sagrado” porque foi instituído por Deus (*ou assim a Igreja desejou que se pensasse*), era “romano” porque pretendia reviver o antigo Império (*daí a necessidade de manter Roma dentro do seu território*) e é “germânico” porque os imperadores são alemães e são eles que detêm o poderio militar.

◈ LEMBRE-SE 2: Graças ao Império, a Igreja Romana teve condições de se reorganizar e fortalecer, pois os imperadores se comprometeram tanto com um projeto de moralização e educação do alto clero, quanto com a concessão de feudos em troca de fidelidade.

◈ LEMBRE-SE 3: O Império retardou e muito a unificação de Alemanha e Itália e sua afirmação como Estados Nacionais. Os interesses tanto do papa quanto do imperador eram de reconhecimento de seus poderes universais, e não havia interesse em permitir a organização de estados que poderiam se tornar independentes. Assim, fortaleceu-se o poder dos grandes e pequenos senhores (*duques, condes, príncipes, pequenos reis*), enquanto em outras regiões da Europa os poderes estavam sendo centralizados nas mãos dos reis ainda na Baixa Idade Média.

BIBLIOGRAFIA:
GRIMBERG, Carl. História Universal. Santiago: Europa América, vol. 10, 1989.
LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Bauru: EDUSC, 2005.

segunda-feira, março 19, 2007

QUESTÕES – AULA de 19/03


1. O que foi a questão iconoclasta?

2. Quem eram os francos? O que os diferenciava dos principais povos bárbaros que entraram no território romano na mesma época?

3. Por que podemos chamar os francos de o “Braço Armado da Igreja”?

4. Explique a formação do Patrimônio de São Pedro?

5. “Carlos Magno considerava-se o chefe da Igreja e assim agia”. Discuta tal afirmação.

6. Como Carlos Magno resolveu a questão Iconoclasta no Ocidente?

7. Explique por que o período que vai do século IX até a Reforma Gregoriana pode ser chamado de “Idade de Ferro da Igreja”.

8. Discuta as influências judaicas e cristãs na religião Islâmica.

9. “A política dos muçulmanos para com os cristãos e judeus era de tolerância, enquanto tanto no Ocidente quanto em Bizâncio a situação de cristãos dissidentes e judeus era precária”. Discuta tal afirmação.

10. Discuta o impacto das conquistas árabes para a Igreja Oriental.

11. Por que a insatisfação com os desdobramentos da questão iconoclasta pode ter servido à expansão do Islã?

12. O que é uma ordem religiosa? Explique.

13. Por que podemos afirmar que Cluny auxiliou na afirmação do poder da Igreja sobre o poder dos príncipes?

14. “Uma das bases da Reforma Gregoriana veio de Cluny”. Explique esta afirmação.

15. Explique a fundação da Ordem de Cister destacando porque ela representava uma reação ao modelo de Cluny.

segunda-feira, março 12, 2007

QUESTÕES – AULA de 12/03



1. Discuta a importância das “Invasões Bárbaras”. Elas realmente causaram a ruína do Império Romano do Ocidente? Invasões ou Migrações?

2. Qual a importância da Igreja Irlandesa para a expansão do Cristianismo no Norte da Europa?

3. Por que podemos afirmar que a concorrência irlandesa reviveu o espírito missionário da Igreja Romana?

4. Por que o arianismo dos bárbaros facilitou e ao mesmo tempo dificultou a sua conversão ao catolicismo nos moldes ortodoxos?

5. “A Igreja do Ocidente teve que se adaptar para sobreviver”, explique esta afirmativa.

6. Por que a Regra de São Bento pode ser considerado um marco importante para a Igreja no Ocidente?

7. Explique o papel dos monges para a evangelizar as populações pagãs do Norte da Europa.

8. Qual a importância dos sete primeiros Concílios? Por que podemos afirmar que mesmo depois de Nicéia a questão Cristológica continuava no centro das discussões?

9. Por que a Igreja no Ocidente permanecia alheia às discussões teológicas que abalavam à Igreja do Oriente?

10. “O governo de Justiniano foi intervencionista e intolerante quando o assunto era a Igreja”, discuta esta afirmação.

11. Como a questão iconoclasta foi tratada nos primeiros concílios?

12. Qual a importância das Igrejas dissidentes para a expansão da Fé Cristã?

13. Quem eram os francos? O que os diferenciava dos principais povos bárbaros que entraram no território romano na mesma época?

14. Por que podemos chamar os francos de o “Braço Armado da Igreja”?

15. Explique a formação do Patrimônio de São Pedro?

segunda-feira, março 05, 2007

Questões: Aula 05/03


1. González diz que “(...) o espírito da época [Imperial] era radicalmente sincretista”. Explique tal afirmação e suas implicações para o Cristianismo nascente.

2. Quais as bases do pensamento gnóstico? Por que ele representou uma ameaça para a Igreja?

3. Quem foi Marción e quais as implicações de suas doutrinas?

4. Por que o cânon pode ser visto como uma reação às heresias do século II? Explique as controvérsias relativas à questão dos Evangelhos.

5. Qual a importância do “credo”? Por que a Trindade era enfatizada?

6. Por que as questões da autoridade da Igreja e da sucessão apostólica foram tão importantes para a Igreja do Século II? Explique por que tal criação representou um reforço à institucionalização e hierarquização da Igreja?

7. Explique o significado do termo “católico” no contexto do Século II.

8. Discuta por que a comunidade Cristã poderia ser vista como uma espécie de “Estado dentro do Estado”.

9. Por que a “conversão” de Constantino é tão controversa? Discuta.

10. Por que a proteção do Estado Romano, através de Constantino, representou uma fonte de conflitos para a Igreja do Século IV?

11. O que foi a questão Ariana?

12. Qual a importância de Eusébio de Cesaréia?

13. O que foi o Concílio de Nicéia? Por que ele demonstra a ingerência do Imperador nos assuntos da Igreja?

14. O que foi a reação monástica? Qual a sua importância?

15. Explique a questão donatista.

16. Por que o fracasso da reação pagã é uma evidência do fortalecimento da fé cristã dentro do império?

17. A influência das mulheres, em especial as da aristocracia, para a conversão de seus filhos e parentes é bem documentada nos séculos III, IV e V. Discuta a questão.

18. Quem foram os “Padres da igreja”?

19. Quem foi Jerônimo? Discuta a sua importância.

20. Quem foi Agostinho? Discuta a sua importância.

Mapas Importantes




terça-feira, fevereiro 27, 2007

NICÉIA E A QUESTÃO ARIANA


Seguem algumas fontes sobre a Questão Ariana e dos Credos da Igreja Cristã. Os fragmentos foram tirados do livro do Bettenson e da Fernanda Espinosa que contam na bibliografia.


O CREDO DOS APÓSTOLOS – O “ANTIGO CREDO ROMANO”
Credo de Marcelo, bispo de Ancira, enviado a Júlio, bispo de Roma, c. 340. Marcelo, desterrado de sua diocese por pressões arianas, passou quase dois anos em Roma e, antes de sair da cidade, deixou este documento de sua fé. Mais tarde, Rufino, sacerdote de Aquiléia, Expositio in symbolum, c. 400, comprara o credo de Aquiléia ao de Roma, tomando-o como credo composto pelos Apóstolos de Jerusalém e conservado pela Igreja Romana. Difere do de Marcelo em alguns detalhes.

Creio em Deus onipotente [Rufino: em Deus Pai onipotente] e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da Virgem Maria, que foi crucificado pelo poder de Pôncio Pilatos e sepultado, e ao terceiro dia ressurgiu da morte, que subiu ao céu e assentou à direita do Pai, de onde há de vir para julgar vivos e mortos. E no Espírito Santo, na santa Igreja, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna [omitida por Rufino].



O CREDO DE CESARÉIA
No Concílio de Nicéia (325), Eusébio de Cesaréia, sugeriu a adoção do credo da sua própria Igreja, que é o que segue:

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de Deus, Luz de Luz, Vida de Vida, Filho unigênito, primogênito de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação e viveu entre homens, e sofreu, e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao Pai e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos; cremos também em um só Espírito Santo.


O CREDO NICENO
O credo de Eusébio era ortodoxo, mas não se opunha frontalmente à ameaça ariana, assim, foi aperfeiçoado pelo Concílio para que cumprisse esta função.

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem, e sofreu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente deve vir para julgar os vivos e mortos; e no Espírito Santo. E a quantos dizem: “Ele era quando não era”, e “Antes de nascer, Ele não era”, ou que “foi feito do não existente”, bem como a quantos alegam ser o Filho de Deus “de outra substância ou essência”, ou “feito”, ou “mutável”, ou “alterável” a todos estes a igreja Católica e Apostólica anatematiza.


OS ENSINAMENTOS DOS ARIANOS
Um historiador do século V, Sócrates, autor de uma História Eclesiástica que abrange o período de 324 e 439, expõe as doutrinas arianas, transcrevendo uma carta dirigida aos fiéis por Alexandre, bispo de Alexandria.

Os dogmas que inventaram e afirmam, contrariamente à autoridade das Escrituras são estes: Que Deus não foi sempre o Pai, mas que houve um tempo em que ele não era o Pai; que o Verbo Divino não existe desde sempre, mas que foi criado a partir do nada [...] pelo que houve um tempo em que não existiu, e, portanto o Filho é uma criatura e uma obra. Que ele não é como o Pai no que respeita à substância nem é o verdadeiro e genuíno Verbo Divino, ou a verdadeira Sabedoria, mas certamente uma de suas obras e criaturas, sendo abusivamente chamado de Verbo e Sabedoria, visto que Ele próprio foi feito pelo Verbo de Deus e pela Sabedoria que está em Deus, pela qual Deus fez não apenas todas as coisas, como a si próprio também. Por esta razão Ele é, pela sua natureza, mutável e susceptível de transformações, como todos os outros racionais o são, pelo que o Verbo é estranho a tudo que não seja a substância de Deus; o Pai é inenarrável e invisível para o Filho, porque nem o Filho conhece perfeita e exatamente o Pai, nem o pode ver distintamente. Com efeito o Filho não conhece a natureza da sua própria substância, porque foi criado por nossa causa, a fim de que Deus pudesse criar-nos por Ele, como por meio de um instrumento; nem Ele teria jamais existido se Deus não tivesse desejado criar-nos. [...]


TRECHO DE UMA CARTA DE ÁRIO À EUSÉBIO DE NICOMÉDIA

(...) não podemos dar ouvidos, nem mesmo pensar em debelar as heresias sem que nos ameacem de mil mortes. Nós pensamos e afirmamos como temos pensado e continuamos a ensinar: que o Filho não é ingênito, nem participa absolutamente do ingênito, nem derivou de alguma substância, mas que por sua própria vontade e decisão existiu antes dos tempos e era inteiramente Deus, unigênito e imutável.

Mas, antes de ter sido gerado ou criado ou nomeado ou estabelecido, ele não existia, pois ele não era ingênito. Somos perseguidos porque afirmamos que o Filho tem um início, enquanto Deus é sem início. Eis por que somos perseguidos, e também porque afirmamos que ele é do que não é, justificando essa afirmação, porquanto ele não é parte de Deus nem deriva de substância alguma. Por isso somos perseguidos, vós sabeis o resto.

Confio, caro Eusébio, fiel discípulo de Luciano, que permaneçais firmes no Senhor e lembrado de nossas aflições.

sábado, fevereiro 10, 2007

Questões: Aula 12/02


1. Os judeus tinham privilégios dentro do Império Romano. Quais eram eles? Discuta como esses privilégios foram usados para despertar as suspeitas contra os judeus.

2. Discuta a importância da Igreja de Jerusalém nos primórdios do Cristianismo.

3. Por que podemos dizer que o Cristianismo nasce como uma seita judaica e ganha sua independência graças à influência helenística.

4. Discuta a importância de Paulo para a universalização da fé Cristã.

5. As perseguições aos cristãos são bem conhecidas e documentadas. Tendo em vista o seu caráter descontinuo, discuta as principais razões para tais perseguições.

6. Quem eram os apologistas? Por que sua existência é uma evidência de que o Cristianismo não se restringia às camadas populares?

7. O que foi a “questão dos caídos”? Qual a sua ligação com a heresia donatista?

8. O que foi o montanismo? O que ele pregava?

9. Por que podemos dizer que a Igreja no século III era uma instituição hierarquizada, mas sem um centro único de poder?

10. Por que a perseguição promovida por Diocleciano ficou conhecida como “grande perseguição”? Quais as suas principais motivações?

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Sobre Júnia


Como comentei em sala na última aula, alguns autores apontam que houve alteração no texto Bíblico para que uma mulher – Júnia – citada como apóstolo, fosse transformada em homem – Júnias – para se harmonizar com as idéias a respeito do lugar das mulheres na Igreja (Ehrman, 2006: 194-195). Assim, o texto de Romanos 16:7 na Bíblia Almeida diz “Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim.”. Já a Bíblia de Jerusalém, mais fiel aos manuscritos descritos por Ehrman diz “Saudai Andrônico e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão, apóstolos exímios que me precederam na fé em Cristo.”.

De acordo com a tradição da Igreja, que é assentada em textos paulinos, como I Coríntios 15:3-10, todos aqueles que tinham visto Cristo ressuscitado, seriam apóstolos. O próprio texto fala que Cristo apareceu a mais de 500 irmãos, fora os 11 e o próprio Paulo. O mesmo texto diz que o primeiro a ver Cristo foi Pedro, descartando Maria Madalena (Mt. 28:1-8; Mc. 15:42-46; Luc. 24:1-8; Jo. 20:1-4 e 11-18) e as outras mulheres (Luc. 24:9-11).

Será que Paulo não sabia? Maria Madelena já era morta? Ou será que as histórias a respeito da ressurreição não tinham circulado com todos os detalhes ainda? Em todo o caso, tendo Cristo aparecido para mais de 500 pessoas, seria improvável que todas fossem do sexo masculino. E Paulo não excluiu Júnia do círculo apostólico.

Florence M. Gillman discute a querela em torno de Júnia destacando que até a Idade Média, havia um quase consenso de que se tratava de uma mulher. A partir do século IX e X, os acentos começaram a serem introduzidos no grego e houve a alteração do nome para o masculino, alteração que persiste em muitas Bíblias até hoje. (GILLMAN, 1998: 80-85) A conveniência de tal mudança em relação aos espaços femininos na Igreja Primitiva cabe a vocês julgar.

BIBLIOGRAFIA:

Bíblia de Jerusalém.

Bíblia Almeida, Revisada e Atualizada.

EHRMAN, Bart D. O que Jesus Disse? O Que Jesus não Disse? Quem Mudou a Bíblia e Por quê? Rio de Janeiro: Prestígio, 2006.

GILLMAN, Florence M. Mulheres que Conheceram Paulo. São Paulo: Paulinas, 1998.

Sobre as Perseguições aos Cristãos


São fragmentos de fontes de época presentes no livro BETTENSON, Henry (ed). Documentos da Igreja Cristã. 3ª ed. São Paulo: Simpósio, 1998. Só digitei algumas, mas posso levar o livro para que tirem cópia de algumas outras fontes.

As Perseguições de Nero
Tácito, Annales, XV.44

Mas os empenhos humanos, as liberalidades do imperador e os sacrifícios aos deuses não conseguiram apagar o escândalo e silenciar os rumores de ter sido ordenado o incêndio de Roma. Para livrar-se de suspeitas, Nero culpou e castigou, com supremos refinamentos de crueldade, uma casta de homens detestados por suas abominações e vulgarmente chamados de cristãos. Cristo, do qual seu nome deriva, foi executado por disposição de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Reprimida durante algum tempo, essa superstição perniciosa voltou a brotar, já não apenas na Judéia, seu berço, mas na própria Roma, receptáculo de quanto sórdido e degradante produz qualquer recanto da terra. Tudo, em Roma, encontra seguidores. De início, pois, foram presos todos os que se confessavam cristãos. Depois, uma grande multidão foi condenada não por causa do incêndio, mas acusada de ser o opróbrio do gênero humano. Acrescente-se que, uma vez condenados à morte, eles se tornavam objetos de diversão. Alguns, costurados com peles de animais, expiravam despedaçados por cachorros. Outros morriam crucificados. Outros ainda eram transformados em tochas vivas para iluminar a noite. Para esses festejos, Nero abriu de par em par seus jardins, organizando espetáculos circenses em que ele mesmo aparecia misturado com o populacho ou, vestido de cocheiro, conduzia sua carruagem. Suscitou-se, assim, um sentimento de comiseração até para com os homens cujos delitos mereciam castigos exemplares, pois se pressentia que eram sacrificados não para o bem público, mas para a satisfação da crueldade de um indivíduo.

A Política de Trajano para com os cristãos
Trajano a Plínio, Plin. Epp. X.XCVII

No exame das denúncias contra os cristãos, querido Plínio, tomaste o caminho acertado. Não cabe formular regra dura e inflexível, de aplicação universal. Mas, se surgirem denuncias procedentes, aplique-se o castigo, com a ressalva de que, se alguém nega ser cristão e, mediante adoração dos deuses, demonstra não o ser atualmente, deve ser perdoado em recompensa pela sua emenda, por mais que o acusem suspeitas relativas ao passado. Panfletos anônimos não merecem atenção em nenhum caso. Eles constituem um mal precedente e não condizem com os nossos tempos.

A Perseguição no reinado de Valeriano (253-260)
Cipriano, Ep. LXXX.I

Rumores falsos estão circulando. A verdade, porém, é esta: Valeriano enviou um Rescrito ao Senado ordenando que sejam castigados imediatamente os bispos, sacerdotes e diáconos; os senadores, cavaleiros e fidalgos romanos devem ser privados de suas propriedades e degradados; e, se persistirem na fé cristã, decapitados; as matronas, privadas de seus bens e desterradas. Qualquer membro da casa de César que confessou ou que ainda confessa ser cristão perderá seus bens e será entregue preso para trabalhos forçados nas terras do Imperados.

A Perseguição de Diocleciano (303-305)
Eusébio, História Eclesiástica, IX.X.8 e VII.XI.4-5

(...) uma lei foi promulgada pelos divinos Diocleciano e Maximiano, para abolir as reuniões de cristãos (...) Março de 303... Em todas as partes publicaram-se editos imperiais para que fossem arrasadas as igrejas, queimadas as Escrituras, depostos os oficiais e, caso persistissem na fé cristã, os seus familiares seriam privados de liberdade. Este foi o primeiro edito a circular entre nós. Outros decretos, pouco depois, se seguiram, dispondo que sejam encarcerados, em primeiro lugar os pastores das igrejas de todas as partes do império e induzidos, por qualquer meio, a sacrificarem aos deuses (...)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

EMENTA DO CURSO I


Faculdade Teológica
Batista de Brasília
SGAN 611, Módulo B – Av. L-2 Norte – Fone: (61) 3272.1136
Fax: (61) 340.5372 – E-mail: ftbb@ftbb.com.br
site: www.ftbb.com.br – 70860-110 – Brasília, DF

CURSO – BACHAREL EM TEOLOGIA
DISCIPLINA – HISTÓRIA ECLESIÁSTICA I
PRIMEIRA TURMA, SEGUNDA-FEIRA, 19:00-21:40 H


Prof.ª Ms.: Valéria Fernandes da Silva
Fone: 3362-0544/9292-3153 – e-mail: historia.eclesiastica.ftbb@gmail.com
Número de Créditos: 2
Nota mínima para aprovação: 6,0
1º Semestre de 2007


DESCRIÇÃO DA MATÉRIA

História Eclesiástica I é uma introdução à História da Igreja. Compreende o período desde o ministério de Jesus até o preparo da Reforma Protestante. O conteúdo abrange os movimentos principais, as figuras históricas de maior vulto, à expansão da Igreja, as Igrejas dissidentes, os concílios, a formação da Igreja Católica e as primeiras tentativas de reforma.

OBJETIVOS DA MATÉRIA

1. Conhecer os maiores temas da história e os maiores personagens;
2. Familiarizar-se com a formação e o desenvolvimento da Igreja Católica;
3. Entender os movimentos de reforma;
4. Desenvolver o gosto pela pesquisa;
5. Formar um conceito próprio sobre o desenvolvimento da igreja através dos tempos;
6. Avaliar criticamente os fatos e os personagens da História;
7. Discernir do passado para poder servir melhor a Igreja no presente e no futuro;

ORIENTAÇÕES GERAIS

1. O material básico de leitura, por ser de mais fácil acesso, será a coleção Uma História Ilustrada do Cristianismo de Justo L. González. Utilizaremos os primeiros cinco volumes no nosso curso de História Eclesiástica I. No programa de aulas, constam às referências à obra de Gonzalez são abreviadas assim: G + número do volume seguido das páginas referentes à determinada aula.
2. Todos os alunos e alunas deverão participar das discussões em sala de aula, pois se você fleu, pode e deve debater, trazer dúvidas e críticas.
3. Os alunos e alunas devem consultar antes de cada aula o site http://www.eclesiastica.blogspot.com onde serão postados textos de apoio e fontes históricas para discussão em sala.
4. Foi criado um grupo de discussão com objetivo de unir os alunos, facilitar a troca de textos e informes e dinamizar as aulas. Todos devem se inscrever, basta enviar um e-mail para eclesiastica-subscribe@yahoogroups.com. As questões a serem respondidas serão colocadas no blog e enviadas para o grupo de e-mails.

AVALIAÇÕES:

1. Duas provas com 3 questões cada uma. A prova será feita em casa e as questões serão referentes a cada uma das aulas e disponibilizadas conforme o andamento do curso. Datas de entrega 19/03 e 09/04. – Valor: 60% da nota.
2. Participação nas aulas. – Valor: 10% da nota.
3. Trabalho final de análise de uma fonte de época ou algum tema escolhido previamente comunicado a professora. Deve constar de no máximo dez laudas de texto sem contar com as notas e bibliografia que devem estar de acordo com as regras da ABNT. Só serão aceitos trabalhos digitados. Trabalhos que não estejam de acordo com o modelo, serão desqualificados. – Valor: 30% da nota.

EMENTA DO CURSO II


BIBLIOGRAFIA

ANGOLD, Michael. Bizâncio: A Ponte da Antigüidade para a Idade Média. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
ARIÈS, Philippe. O Casamento Indissolúvel In: ___, BÉJIN, André (orgs.) Sexualidades Ocidentais. São Paulo: Brasiliense, 1985.
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FICHA DE LEITURA

- Manter um arquivo com os textos lidos é muito importante principalmente na hora de elaborar o trabalho final, por isso, sugiro que seja preenchida uma ficha de leitura. O modelo oferecido aqui equivale a um mini-fichamento.
- Em “referência” devem constar, de acordo com as regras da ABNT, todas as informações do texto, tais como autor, título do capítulo, nome do livro, edição, etc.
- O “resumo” é uma síntese geral do texto e não deve exceder 20 linhas. Sobre o que ele fala? Quais são suas idéias principais?
- Em “citações” podem ser listados trechos mais relevantes, sempre acompanhados da página e mantendo conexão com a “crítica” que é uma análise pessoal do texto. Na parte de “crítica” é possível fazer a ponte com outros autores lidos, expor sua opinião, desde que bem fundamentada, concordar os discordar das idéias do texto. Lembre-se que o texto não é indicado para que você simplesmente concorde com o que o autor ou autora diz, mas, sim, para que haja a reflexão crítica, o amadurecimento de idéias, o surgimento de dúvidas, o incentivo a um aprofundamento posterior mediante a pesquisa e a absorção dos conteúdos que estão sendo ministrados.
- A área para “observações” é livre, nela é possível pontuar as dificuldades de leitura, as dúvidas e mesmo fazer sugestões.

RELATÓRIO DE LEITURA
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EMENTA DO CURSO: CRONOGRAMA